NEUROCIÊNCIA E EDUCAÇÃO
O texto em questão trata das mudanças que estão ocorrendo na sociedade, no que se refere à educação escolarizada e o novo enfoque sobre a aprendizagem. Questões de como se processa a aprendizagem, não tinham um espaço de discussão (e em muitos lugares ainda não tem), em razão do peso de uma tradição que mantinha (?) a figura do professor como detentor de conhecimento e, portanto de ensinagem deste conhecimento. Quem não aprendia era o aluno. Quem tinha dificuldades era o aluno. O professor, adestrado em um conhecimento que nem ele sabia como adquiriu, por que em sua maioria havia só a decoreba dos conteúdos, não tinha dificuldades em jogar a responsabilidade sobre o estudante. Com o advento e consequente avanço das ciências humanas comportamentais e experimentais em relação ao cérebro e seu funcionamento, como a psicologia, o quadro passou a ganhar um novo enfoque. Porém diferentes interpretações levaram a diferentes práticas e, algumas equivocadas provocaram retrocessos ainda não resolvidos na abordagem sobre como realmente acontece a aprendizagem. Contudo os avanços continuaram e, não havia, não há mais como ignorar a importância que as ciências têm hoje na questão da aprendizagem, em função do avanço nas descobertas sobre o funcionamento de nosso cérebro. O anacronismo tem sido vencido pelas evidências que dão mostra da importância do nosso cérebro na percepção do mundo que nos cerca. Percepção essa responsável pela interpretação de fenômenos que nos envolvem, os quais armazenamos, conservamos e evocamos. Porém a aprendizagem humana não decorre dessa simples armazenagem de dados percebidos, mas de um processamento e consequente elaboração dessas informações, as quais o cérebro percebe. Conservamos esses processos na memória que, por sua vez modifica nosso cérebro. Essa memória, responsável pelo armazenamento e pela evocação do que está efetivamente armazenado. Aprender requer