Neurociência aplicada a educação
Quando nos referimos à Educação, não estamos falando de ensino, mas muito mais que uma simples transmissão de conhecimento.
Partimos do conceito que a palavra educar tem origem em dois vocábulos latinos: educare e educere (lê-se edúquere). O primeiro termo significa ensinar, transmitir conhecimentos, enquanto o segundo significa formar. Portanto para nós o termo Educação é muito amplo e realizado conjuntamente pela escola (educare) e pela família (edúquere).
Nossa proposta é no sentido de professores e pais refletirem o que se passa nas escolas e nos lares, mas baseados no funcionamento do cérebro em relação ao aprendizado. Daí termos o que alguns pesquisadores estão chamando de Pedagogia Neurocientífica.
Mas a reflexão sugerida tem que ser baseada em conhecimentos científicos a respeito do funcionamento do cérebro e para a Neurociência Cognitiva e Comportamental a memória é uma das principais funções superiores do cérebro e sem ela o aprendizado não acontece ou se a perdermos sobre determinado assunto, é como se ele nunca existisse. Um exemplo radical seria o de pessoas que perdem neurônios em grande quantidade e chegam mesmo a não reconhecer seus entes mais queridos.
Neurônios são as células que revestem o cérebro e encontram-se agrupadas formando uma "casca" de 1 a 3 mm e também mais profundamente no cérebro nos chamados núcleos da base. Estes neurônios "conversam" entre si e esta "conversa" gera memórias. Estas memórias são o conhecimento; mas lembremos que conhecimentos são a matéria prima para o raciocínio; portanto a memória é fundamental ao raciocínio e à inteligência.
Desse modo a mente racional utiliza-se principalmente de uma memória denominada explícita que é consciente e a mente emocional utiliza-se mais de uma memória denominada implícita ou inconsciente.
A memória explícita ou consciente é aquela que usamos quando resolvemos um problema, rememoramos um fato, por exemplo.
A memória implícita