Neurobiologia - Linguagem e memória
I – INTRODUÇÃO O seguinte texto aborda os campos da linguagem e da memória em relação a neurobiologia. Mostrando como o ser humano utiliza a linguagem para simbolizar o que o cerca e o fenômeno de memória como Ideia de armazenamento dessa informação estrutural, um aspecto central da existência humana. Mostrando a estrutura do cérebro intimamente relacionada aos processos de memória.
II - LINGUAGEM A linguagem é uma habilidade humana que procura simbolizar o mundo. Simbolizar os objetos, os sentimentos, etc. Enquanto os animais utilizam códigos “linguísticos” rígidos, com base em seu material genético, os humanos fazem uso de signos arbitrários, adquiridos pela sociedade e sua cultura. Quando uma abelha de uma espécie x comunica dando giros, o significado é sempre o mesmo, pois não é algo arbitrário e aprendido. O ser humano, embora tenha um córtex frontal desenvolvido e um órgão fonador que o predisponha a comunicação, precisa aprender o significado dos signos. Apesar de todos os humanos serem da mesma espécie (homo sapiens sapiens), os gestos, os sorrisos, os olhares, as expressão facial possuem significados distintos culturalmente. Todos esses comportamentos não verbais dizem respeito à linguagem, e não a língua, que possui propriedades peculiares. Toda língua é necessariamente uma forma de linguagem, mas nem toda linguagem é necessariamente uma língua, já que a língua é estruturada hierarquicamente. A frase “A senhora cozinhou o frango na panela de pedra”, possui uma hierarquia de constituintes, de modo que seja possível perceber a estrutura. Já uma sequência de sons como “frango senhora a pedra o panela na cozinhou” não é uma frase compreensiva, já que não forma sintagmas nem hierarquia. Além de estrutural e constituída hierarquicamente, a língua é articulada fonologicamente e morfologicamente, o que garante economia ao falante e ao ouvinte. Por exemplo, ao invés de dizer “criança do sexo