Visão social
Definindo o papel da Polícia na América Latina
Este texto discute as questões pertinentes a Polícia, onde se questiona como a mesma tem atuado na América Latina.
Nele se discute as possibilidades de uma Polícia diferente em uma sociedade democrática. A sociedade define a Polícia conforme a atuação, em especial esta atuação coercitiva, impositiva sobre a classe pobre. Usa a força sob a lei e é este o objeto de estudo ao longo do tempo.
A sociedade vem questionando este poder, sobre o real papel do Estado de Direito, e qual seu papel na função pública, na defesa de quem ele representa, “o povo”.
No início dos anos 90, em toda a América Latina, as corporações policiais ainda representavam traços da ditadura militar, que teimavam em impor a força por meio de práticas desumanas (torturas, força fatal, coação, etc...).
A polícia vem sendo corrompida ao longo da história pelo poder político, pelo poder financeiro e pelos interesses pessoais levando vantagem financeira (propina), esquecendo sua função de proteção, deixando de ser investigativa e imparcial.
Para exercer seu papel, a polícia deve cuidar do cidadão, resolvendo demandas sociais como: violência, crimes e abusos de todas as formas sobre o outro.
Em contra partida, temos uma justiça que se faz morosa, desumana, inócua e de difícil acesso ao pobre, aumentando a impunidade e a violência, que assola as sociedades latino americanas.
O descompasso entre as mudanças sociais e políticas e a prática militar (policial) produziu uma crise na polícia latina que favoreceu a corrupção, a má conduta profissional, o corporativismo que usa do poder para prejudicar, manipular e alterar cenas de crimes que deveriam ser investigadas.
A cultura da propina, do vigilantismo, do sequestro vem aumentando e por trás desta, temos políticos, policiais e membros da sociedade.
Os tribunais militares julgam os próprios colegas (policiais) demonstrando o corporativismo e enfraquecendo o poder da justiça. Estes Tribunais