neuro
O homem pertence ao mundo visível, é corpo entre os corpos, porém não é um corpo como os outros corpos. O corpo por meio do qual o homem participa do mundo visível é um "corpo humano" que o torna consciente da sua diversidade dos outros corpos. Para indicar esta peculiaridade do corpo humano foi feito a distinção entre corpo e corporeidade. O "corpo" indica o corpo-objeto, e corresponde à realidade objetiva, considerada desde o externo como um objeto entre os outros.
A "corporeidade" se refere, pelo contrario, ao corpo-sujeito, à realidade humano-corpórea considerada como um sujeito espiritual-corpóreo. "O corpo ? diz De Finance ? é a natureza espiritual tornada parcialmente exterior ao "eu". A corporeidade é uma noção mais ampla que a de corpo e indica a subjetividade humana inteira sob o aspecto de sua realidade material, enquanto está constituída de identidade pessoal.
Ao que se refere ao corpo humano e não humano, poder-se-ia dizer que o corpo humano não se diferencia essencialmente do corpo não-humano nem pela sua cor, nem sua figura; naquilo que é visível, defato, poderia coincidir. O corpo-sujeito se diferencia essencialmente do corpo-objeto, não pela composição química ou pela estrutura orgânica, mas porque o corpo não humano é todo exterioridade, enquanto o corpo humano é antes de tudo exteriorização de uma coisa essencialmente interior. 2° _ O VALOR MORAL DO CORPO.
O homem é ao mesmo tempo corpo e espírito. O espírito não é encarnado somente metafisicamente em uma essência material, mas também fisicamente no estado psíquico, a saúde ou a doença exercem uma grande influência no desenvolvimento das obrigações morais. A moralidade reside essencialmente no espírito, porém o espírito humano é encarnado e forma um só e único ser substancial, de modo tal que a corporeidade é o campo expressivo do espírito.
O homem é sujeito da moral, porque, enquanto