neoliberalismo
Regina Leite Garcia
Os tempos de neoliberalismo
O discurso neoliberal ganha corpo e espaço na mídia.... Até a linguagem mudou- há palavras de ordem do jargão neoliberal:
Modernização, privatização, terceirização, globalização, qualidade total, racionalização de recursos. Competitividade, produtividade, reengenharia, empowerment,...empresa virtual, numa realidade virtual.
Tratam-se de conceitos estratégicos na corrida para alcançar o G7 ( grupo dos sete países que se consideram os mais ricos e desenvolvidos do mundo)- ou a salvação pelo neoliberalismo ou o caos, passa-se a idéia de que tudo o que é público é ruim, velho, ultrapassado.
Todos sempre buscaram a qualidade, seja na educação, seja na indústria, seja no comércio. Entretanto, cada um pretendia algo diferente quando se referia à qualidade, de acordo com os seus interesses pessoais e de classe.
Qualidade para o industrial ou o comerciante significa lucro, qualidade para a classe trabalhadora significa igualdade, qualidade para o dono da escola significa melhores resultados com o mais baixo custo, qualidade para o professor comprometido ou para os alunos e seus pais significa a democratização do conhecimento. Agora surgiu a “qualidade total”.
Conseqüências sociais, políticas, culturais e econômicas do plano apresentado como a salvação do mundo, observadas na Europa, especialmente em Londres: crítica aos currículos multiculturais, preocupação em avaliar as escolas a partir de sua produção e de critérios emprestados das empresas e das regras do mercado, ameaça de extinção dos cursos pedagógicos, abrindo mão da formação geral e pedagógica “O importante é o Domínio dos conteúdos específicos”.
Nos EUA, a pressão autoritária para a inclusão nos cursos de formação de professores de disciplinas ligadas ao interesse do sistema.
Destruição do movimento sindical, fragilização da classe trabalhadora, fechamento de fábricas e desemprego em massa,