Neoliberalismo
2013
1. Balanço do Neoliberalismo
O Neoliberalismo é a reação teórica e política contra o Estado intervencionista e de bem-estar, consistido no ataque a qualquer limitação dos mecanismos de mercado – ameaça letal à liberdade econômica e política. Surgiu logo depois da Segunda Guerra Mundial na Europa e na América do Norte – países capitalistas. Dentre seus princípios, destaca-se manter o equilíbrio dos preços de mercado interno através de mecanismos estabilização financeira e monetária, de uma baixa inflação, da preservação das reservas cambias nacionais e da contenção de excessos de capital especulativo e dos monopólios. O dispêndio do estado com gastos sociais deve ser reduzido, de modo que a demanda crescente desses serviços, que antes eram públicos, será suprida pela própria sociedade. Friedrich Hayek já havia feito este “ataque” com seu texto O Caminho da Servidão, escrito em 1944 na Inglaterra. Na época, seu alvo era o Partido Trabalhista inglês: “Apesar de suas boas intenções, a social-democracia moderada inglesa conduz ao mesmo desastre que o nazismo alemão – uma servidão moderna”. Quando o estado do bem-estar social se consolidara na Europa, Hayek e aqueles que compartilhavam de seu ideal criam a Sociedade de Mont Pèlerin – espécie de franco-maçonaria neoliberal. Esta combatia o keynisianismo e o solidarismo, para preparar as bases de um capitalismo duro e livre de regras. Eles diziam que o igualitarismo que o Estado de bem-estar social proporcionava destruía a liberdade individual e a vitalidade da concorrência, o que afetava a prosperidade de todos. Após a crise geral de 1973 em função da grande inflação, as ideias neoliberais começaram a ganhar terreno. Segundo Hayek as razões da crise estavam no poder excessivo dos sindicatos e nas pressões vindas dos operários para que o Estado aumentasse o seu gasto social. O neoliberalismo diz, ainda, que