Neada
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Dr. Wagner Paulon
2012
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A palavra psicose foi grafada pela primeira vez em 1845, por um psicólogo alemão, Feuchtersleben, e apareceu no ano seguinte, pela primeira vez, no Zeitschrifte fur Psychiatrie und Gerichtliche Medizin (Jornal de Psiquiatria e Medicina Forense).
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Segundo o Petit Robert, a palavra psicose só foi usada na França em 1869, e, se acompanharmos toda a literatura do século XIX, veremos que o primeiro aparecimento da palavra psicose, com grande destaque é no trabalho de Möbius, de 1892, quando ele divide as doenças mentais em psicoses exógenas e endógenas.
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Então, psicose é uma palavra de curso muito restrito, especialmente no século XIX. Quando Kraepelin faz a sua sistemática, a palavra psicose não aparece. Depois ela vai surgir freqüentemente em todos os tratadistas, como veremos.
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O livro de Pinel, Traité sur la manie, pode ser considerado a publicação número um da psiquiatria. Nesse trabalho, todas as coisas que têm relação com a loucura são chamadas de mania. A melancolia é uma mania de um objeto único, mostrando que ele percebeu a monoideação do melancólico, mas exagerou.
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Já quando escreve o seu segundo livro, oito anos após – o Traité médico-philosophique de l'aliénation mental –, já abandona aquele conceito global de que mania era a loucura e começa a pensar na classificação e na ordenação das loucuras, que vêm a ser feitas em 1838, pelo seu discípulo Esquirol, no Traité des maladies mentales. Mas, continua ainda a idéia fundamental da loucura, a loucura como uma manifestação global e muito especial, que tem uma relação certamente com o sistema nervoso. E é o primeiro dos grandes psiquiatras alemães, Griensinger, quem formula a célebre expressão: "doenças mentais são doenças cerebrais".
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E Griensinger deixa também um outro caminho, que em psicanálise será seguido, que a desordem mental, a perturbação mental, a doença mental