Natureza e Valor do conhecimento
O homem sentiu, desde sempre, necessidade de explicar o mundo que o rodeia. Por isso, o problema do conhecimento foi colocado logo desde o início da filosofia grega.
Embora o conhecimento seja, não um estado mas sim um processo e, como tal, necessariamente relacionado com a actividade prática do homem (conhecer não é só possuir uma representação mental do mundo, é também actuar no mundo a partir da representação que dele temos), tradicionalmente, o conhecimento foi descrito como uma relação entre um sujeito, enquanto agente conhecedor, e um objecto, enquanto coisa conhecida.
Um dos grandes problemas se coloca: O realismo
O realismo é a doutrina segundo a qual conhecer é o acto no qual o sujeito aprende um objecto que é independente e distinto dele.
Esta posição não é, contudo, simplista ou ingénua. Admitindo que há uma realidade independente do sujeito e que é o objecto de conhecimento não confunde os dados sensíveis, as percepções ou representações da realidade, com a própria realidade. A percepção sensível e o conhecimento que nela se pode fundamentar as percepcionamos ou apreendemos. Basta pensar nos exemplos seguintes:
• À nossa visão o Sol parece em pequeno objecto redondo quando, na verdade, é muitíssimo maior do que o planeta Terra.
• A terra parece imóvel e o sol parece descrever um movimento em torno dela quando é precisamente o contrário.
Portanto, a posição filosófica que recebe o nome de realismo, consciente do problema da relação entre as representações e a realidade recebe o nome de realismo crítico.
Para o realismo crítico que, no século XVII, acompanhou a emergência da Física clássica, as nossas representações atingem uma realidade independente — mas nem tudo o que está na representação se deve ao objecto ou coincide com ele.
Dentre os principais defensores do realismo destacam-se Aristóteles e São Tomás de Aquino, entre outros
O idealismo
Esta corrente não nega propriamente a