Textos complementares
Origem do conhecimento:
A razão, por si só, não tem capacidade de conhecer: não possui nenhum conhecimento inato, é como uma página em branco, sem conteúdo.
O conhecimento tem origem na experiência, o qual fornece os conteúdos para a razão trabalhar; a razão não é passiva, pois cabe-lhe o papel de organizar, associar os dados da experiencia para formar o conhecimento.
A experiência é constituída por perceções com 2 níveis de importância:
Impressões: são os dados imediatos dos sentidos (sensações), sentimentos internos mais fortes (paixões e emoções). As impressões são as experiencias mais fortes, mais intensas que têm influencia sobre a razão.
Ideias: são imagens mentais, que a razão forma a partir das impressões, são menos fortes e secundárias como matéria do conhecimento. Uma ideia que não corresponde a uma impressão é imaginária, ilusória, sem significado.
Natureza do conhecimento:
Forma-se ao nível da razão, por meio da associação ou interligação entre as ideias, de acordo com três princípios:
Semelhança: a ideia de pão associa-se à de conduto.
Contiguidade: por exemplo, as estações do ano sucedem-se com uma ordem fixa.
Causalidade: o calor dilata os corpos.
De acordo com Hume, o conhecimento consiste numa crença formada pela razão por meio de associação de ideias e confirmada pela experiência, e ao repetirem-se dão-lhe estabilidade, constância ou permanência e previsibilidade.
Existem dois tipos de conhecimento:
Proposições que exprimem relações de ideias: são enunciados abstratos, dotados de validade formal e necessidade lógica. Este tipo de conhecimento não se refere às coisas como são ou à realidade em si mesmo.
Proposições que exprimem questões de facto: referem-se àquilo que existe realmente e ao que realmente se aprende com a experiência, ao contrário das relações de ideias não são demonstráveis, nem têm necessidade lógica.
Este tipo de conhecimento baseia-se no