Natureza e Paixoes

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Na perspetiva racionalista da moral provisória cartesiana, às virtudes e o dever permaneceram como critérios de moralidade, e as paixões, como a sua "pedra de toque". Baruch de Espinosa escreveu uma obra denominada Ética demonstrada à maneira doa geômetras. Afinal, em sua época, a Geometria de Euclides era considerada um modelo para o pensamento e as ciências. Seguinte esse modelo, a obra de Espinosa apresentava afirmações de acordo com as classificão utilizada no método geométrico: iniciava com definições e axiomas, em seguida, procurava explícita-los por meio de proposições e demonstrações, examinando, por fim, as consequências dessas demonstrações, em corolários e escólios. Além disso, frequentemente abria parênteses, referindo-se a afirmações demonstradas em momentos anteriores.
A Ética de Espinosa é considerada uma teoria sobre a natureza humana. Nesse contexto, ele afirmou que as paixões não eram boas nem más e, sim, naturais, já que por natureza o ser humano sofreria sempre a ação de causas exteriores. Espinosa também apresentou a alegria, a tristeza e o desejo como as paixões originais e responsáveis pelo surgimento de outras, as quais poderiam ser alegres ou tristes (por exemplo, do desejo poderiam nascer tanto a gratidão quanto a avareza). Segundo ele, as paixões alegres aumentavam, e as tristes diminuiam o conatus, ou seja, a capacidade de ser, preservar-se e agir. Portanto, ele não definia o vício como um mal e a virtude como um bem, no sentido tradicional desses termos e, sim, como fraqueza e força para ser, preservar-se é agir de acordo com a liberdade e à fraqueza de quem se submetia às paixões, deixando-se governar pelas causas externas, enquanto a virtude correspondia à ação e à força de quem era causa interna dos seus próprios sentimentos, atos e

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