natureza morta
A natureza-morta é um gênero das artes visuais que tem como tema central os objetos inanimados, com o propósito de mostrar as qualidades de suas formas, cores, composições e texturas. Antes da Renascença, seres e coisas inanimadas apareciam ocasionalmente como temas de afrescos e mosaicos, desde a Antiguidade, ou, na Idade Média, como elementos de fundo em pinturas religiosas para lhes dar um tom realista, mas é com o Renascimento que a natureza-morta emerge como um gênero independente. Na Renascença, as primeiras pinturas holandesas de natureza-morta procuraram retratar caveiras, velas e ampulhetas, como alegorias da mortalidade, e flores e frutas, para simbolizar os ciclos da natureza. O interesse do público pelos quadros de natureza-morta vinha da intenção deles em decorar suas casas com objetos seculares devido à influência da reforma protestante em vários países europeus. Outro impulso à natureza-morta veio da necessidade documental de se retratar as observações e descobertas científicas do período. O pintor Caravaggio foi um dos mais importantes do gênero ao desafiar aqueles que viam a natureza-morta como um tema menor. Outro importante artista que deu nova estatura ao gênero foi Paul Cézanne, que faz os objetos inanimados parecerem existir apenas para serem contemplados e não usados. Entre os artistas que retrataram a natureza-morta estão Pablo Picasso, Georges Braque, Vincent van Gogh, Fernand Léger e Henri Matisse.
Esse gênero de representação surgiu da Grécia antiga, e também se fez presente em afrescos encontrados nas ruínas de Pompeia. Foi depois condenada por teólogos católicos durante a Idade Média. A denominação Natureza morta, conforme o alemão Norbert Schneider1 , surgiu na Holanda no século XVII, nos inventários de obras de arte.