Natureza morta
No século XVII a natureza-morta era considerada de menor importância (em relação às pinturas históricas,mitológicas ereligiosas) e tinha um menor preço no mercado. Era vista como pintura apenas decorativa e, mesmo nos lares dos Países Baixos os mais humildes, ocupava um lugar de menor importância.
É somenteem meadosdo século XVI que a natureza-morta emerge como gênero artístico.
Antes da Renascença, seres e coisas inanimadas apareciam ocasionalmente como temas de afrescos e mosaicos, desde aAntiguidade, ou, naIdade Média, como elementos de fundo em pinturas religiosas para lhes dar um tom realista, mas é com o Renascimento que a natureza-morta emerge como um gênero independente. Na Renascença,as primeiraspinturas holandesas de natureza-morta procuraram retratar caveiras, velas e ampulhetas, como alegorias da mortalidade, e flores e frutas, para simbolizar os ciclos da natureza. O interessedo públicopelos quadros de natureza-morta vinha da intenção deles em decorar suas casas com objetos seculares devido à influência da reforma protestante em vários países europeus. Outro impulso ànatureza-mortaveio da necessidade documental de se retratar as observações e descobertas científicas do período.
No século XIX, os impressionistas, ainda que afeitos às paisagens ao ar livre, vãorealizarnaturezas-mortas, mas é com Paul Cézanne (1839-1906) que o gênero ganha novas dimensões.
Como sua origem deriva da pintura religiosa, a natureza-morta passou a funcionar como