O Livro Criminologia Clínica e Psicologia Criminal, tem seu enfoque mais no que se refere ao criminológico clínico(ou psicológico criminal), via de regra, é o presídio, o sistema penitenciário. Primeiramente, o livro nos faz pensar sobre a versão bíblica sobre os crimes do homem e a versão mitológica grega. Conforme Bergeret (1990), a mitologia grega é rica em práticas de violências e de crimes pelos deuses entre si, entre os deuses e os homens, e entre os membros das famílias dos homens. Para esse autor, na mitologia pré-edípica(isto é, na que antecede as aventuras de Édipo, o Rei), a violência, sob todas as suas formas, é uma marca constante nas relações entre pais e filhos, ou entre homens e as divindades. Segundo o livro, a vida do homem é uma sequência de conflitos e conquistas. O primeiro conflito é a rivalidade entre pais e filhos, conflito fundamental, já que nele se planta a semente da autonomia e da identidade, ante o domínio dos pais. Seguem-se os conflitos da infância, adolescência, profissão, casamento, idade adulta e terceira idade. E nesta sequência de conflitos, o crime é uma modalidade de resposta, nas tentativas que o homem faz para solucionar o conflito vital de fazer valer os seus direitos, dentro de uma história em que quase tudo lhe foi negado, pelo que até psiquicamente se fragilizou e sua personalidade se deteriorou-se. Buscando compreender as atitudes delinquentes que o homem apresenta desde de bebê, o autor analisa: “Amor e ódio são dois sentimentos básicos, fundamentais, primários, sempre presentes na vida psíquica do homem, reprimidos ou explícitos, amadurecidos ou primitivos, diferenciados ou fundidos. Não há porque se negar sua presença na mente infantil. Segundo Winnicott, a intensidade das experiências de amor e ódio não é de se esperar seja maior no adulto do que na criança. Só que, na mente infantil, o amor e ódio(instinto libidinal e instinto agressivo) encontram-se em sua forma primitiva,