Natura

No processo de escolha de empresas brasileiras que atuam no exterior, a Natura foi uma das empresas que mais chamou nossa atenção em especial a dois fatores: a sua estratégia diferenciada de inserção internacional e a tentativa de alinhar a cultura brasileira e a própria cultura da empresa aos mercados internacionais. A empresa, com 43 anos de existência, se inseriu em dois mercados no exterior lentamente, com o intuito de nos primeiros anos de atuação a aprender o funcionamento desses mercados e aliar culturas de produção e vendas locais aos valores da Natura. O motivo principal que levou ao desejo de internacionalização da empresa não é novo e veio logo após a fundação em São Paulo: Alessandro Carlucci, presidente executivo da Natura, disse em entrevista a revista PIB em 2010 que o propósito da expansão internacional vai além do desejo de assegurar a Natura novas plataformas de negócio fora do país que fossem capazes de adquirir importância e valor nos próximos anos. O Brasil sempre foi considerado um mercado importante por empresas estrangeiras do setor cosmético e beleza, atraindo-as para cá.

“Todas as grandes empresas estão de olho nas oportunidades do mercado brasileiro”, diz Carlucci.
Com isso, a Natura, além de concorrer com outras empresas nacionais, estava concorrendo com empresas internacionais que contavam com expertise de estratégias e processos de vendas no mercado exterior.

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Logo, o motivo principal de internacionalização da empresa acabou com o tempo ganhando um adendo: além de assegurar plataformas de negócio no exterior, a Natura precisava aprender e testar continuamente seus produtos e sistemas de vendas no exterior para aprender a atuar globalmente e continuar a abastecer o mercado interno com idéias e diferentes estratégias, assim a empresa asseguraria seu crescimento no mercado interno frente a fortes concorrências internacionais. O primeiro mercado internacional onde a Natura se inseriu não poderia ter sido mais previsível: a