Natal às avessas
Além do simbolismo religioso e da tradição familiar no Natal, esta é também uma das datas mais celebradas pelo comércio mundial. Comprar presentes, decorar a casa, preparar a Ceia, tudo isso faz parte de um ritual que atravessa gerações e transpõe fronteiras e que se resume, em última instância, no ato de consumir. Obviamente, não existe nada de errado em querer presentear as pessoas, nem tampouco entrar no espírito natalino, geralmente farto em comes e bebes. Questiona-se, entretanto, o verdadeiro significado do Natal, que está desvalorizado e esquecido na sociedade contemporânea.
O Natal é uma data em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo. Na Antiguidade, as celebrações duravam doze dias, pois acreditava-se que esse havia sido o tempo que os três reis magos demoraram para chegar à cidade de Belém. Ao se encontrarem com o menino Jesus, os reis o presentearam com ouro, mirra e incenso, que significavam, respectivamente, o nascimento, a morte e a ressureição de Cristo. Ademais, o Natal se tornou uma data de grande importância para o Mundo Ocidental, pois marcou o primeiro ano de sua história. Diante disso, diversas peculiaridades se tornaram presentes no fim de ano de muitas famílias, e destacam-se, entre esses, a árvore de Natal, o presépio e o Papai Noel.
Acredita-se que o pinheiro, uma das tradições natalinas existentes em quase todo o mundo, teve início na Alemanha, com Martinho Lutero. Durante uma caminhada, o agostiniano notou que essas árvores, cobertas de neve na época, tinham uma beleza singular. Assim, ele decidiu usá-las na decoração de sua casa, no dia 25 de Dezembro, no qual seus familiares e amigos estariam presentes. Essa ideia chegou ao Continente Americano por meio dos indivíduos que se mudaram para a América no período colonial e se espalhou rapidamente entre a população local. Além disso, o presépio também representa o Natal, pois ele mostra o cenário do nascimento de Jesus, ou seja, uma manjedoura, os animais, os