Nascimento Racismo
As primeiras concepções racistas modernas surgem em Espanha, em meados do século XV, em torno da questão dos judeus e dos muçulmanos. Até então os teólogos católicos limitavam-se 'aqui a exigir a conversão ao cristianismo dos crentes destas religiões para que pudessem ser tolerados. Contudo, rapidamente colocam a questão da "Iimpieza de sangre" (limpeza de sangue). Não basta convertê-Ios, "Iimpando-Ihes a alma", era necessário limpar-Ihes também o sangue. Só que acabam por chegar à conclusão que este uma vez infectado por uma destas religiões, permaneceria impuro para sempre. A religião determina a raça e vice-versa. No século XVI esta concepção é estendida ao Indíos e Negros. Nenhuma conversão ou cruzamento destas raças, afirma o espanhol Frei Prudêncio de Sandoval, é capaz de limpar a sua natureza inferior e impura. A única cura possível, nestes casos, é o extermínio. Entre Sandoval e Adolfo Hitler existe uma linha de continuidade de idéias e práticas racistas (J.H.Jerushalmi).
Ainda no século XVI, como refere Hannah Arendet, surgirá na França uma outra concepção racista que será retomada por outros ideólogos racistas mais recentes. François Hotman sustenta então que existia na França duas raças diferentes: a dos nobres e da do povo. A primeira, de origem germânica, era a raça dos fortes e conquistadores. A segunda, a dos vencidos e antigos escravos. Trata-se de uma argumentação que procura sustentar em termos rácicos o poder e a supremacia da nobreza em toda a Europa.
Preconceito de classe ou de raça
A situação do negro hoje não é muito diferente daquela de 100 anos atrás. Embora a condição do negro seja outra - não é mais escravo, ou seja, não é propriedade de ninguém continua sendo considerado "ser inferior". Tal como aconteceu quando foi abolida a escravidão, as taxas de desemprego e de subemprego são maiores entre os negros que entre os brancos.Os negros geralmente conseguem trabalho de pouco prestígio social. Conseqüentemente