Nas terras do bem virá
O Filme "costura" vários casos de conflitos envolvendo migrantes de regiões pobres, fugitivos da seca, que caíram no trabalho escravo, perderam suas terras, foram assassinados e viram assassinar seus líderes. Casos de um povo que cansou de migrar em busca da sobrevivência e decide lutar para conseguir um pedaço de terra, deixar de ser escravo e manter viva a última grande floresta tropical do planeta.
Gravado em 29 cidades de cinco estados do norte e nordeste brasileiro, o documentário, realizado por Alexandre Rampazzo e Tatiana Polastri, aborda entre outros assuntos, o modelo de colonização da Amazônia, o massacre de Eldorado do Carajás, o assassinato da missionária Dorothy Stang e o ciclo do trabalho escravo.
A diretora Tatiana Polastri fala sobre a sua obra:
"Com medo de uma intervenção internacional, o governo militar decide integrar a Amazônia. O lema: "Homens sem terras do nordeste para terras sem homens na Amazônia".
Seria a solução perfeita para acabar com o problema da seca no nordeste e desenvolver a região. Porém, o resultado não foi o prometido, e teve como conseqüência, a devastação da floresta, o conflito fundiário e o trabalho escravo.
Gravado em 29 cidades da região norte e nordeste do Brasil, o longa metragem "Nas Terras do Bem-Virá", costura vários casos de conflitos na região da Amazônia Legal, relatadas por pessoas comuns, que lutam pela sobrevivência.
O documentário começa na cidade de Barras, interior do Piauí, onde vilarejos inteiros vivem o mesmo drama: não tem trabalho e não tem terra. O único sonho: não ter que sair para outro estado à procura de trabalho.
Infelizmente, esse sonho é alcançado por poucos. Há cidades no Piauí em que cerca de 80% dos homens saem em busca de trabalho, principalmente no Pará e Mato Grosso e acabam caindo em redes de