Resenha - nas terras do bem virá
RESENHA
O documentário “Nas Terras do Bem-Virá” mostra diversos acontecimentos, como o regime de trabalho escravo em fazendas, o massacre de Eldorado do Carajás, modelo de colonização da Amazônia. A presença de relatos dos personagens e imagens feitas por cinegrafistas ganham destaque e credibilidade no filme.
Ele inicia-se na Amazônia mostrando o desmatamento de árvores que são utilizados trabalhadores em regime de escravidão, vindo principalmente de cidades pobres do nordeste. Há também trabalhadores desse mesmo modo trabalhando em fazendas que vão em busca de dar melhor condições de vida para suas famílias; mas como o trabalhador fica muito tempo nas fazendas ele acaba perdendo os laços com sua família, e se não volta para a casa é devido as condições financeiras e por conta dos fazendeiros que não os deixam sair.
O longa metragem mostra relatos de pessoas que tiveram alguém da família em regime de escravidão nas fazendas, de ex-trabalhadores e de pessoas que entendem de casos como esse.
É mostrado também como um fazendeiro faz para adquirir trabalhadores em sua fazenda, que conta com a ajuda de um intermediário: o “gato”, que também vai relatar no documentário explicando como são as etapas desse procedimento.
Outra coisa que é visto e mostrado são as presenças de “mercados” no interior das fazendas, que são vendidos mantimentos a preços absurdos, com a intenção de endividar o trabalhador para que ele pague com o próprio trabalho, se, no entanto, ainda têm alguns trabalhadores com boa quantia em dinheiro, os fazendeiros que costumam serem donos de bordéis e levam as prostitutas para a fazenda.
São apontadas no filme as condições de trabalho das pessoas, que vivem como animais e são desprovidos de instrumentos básicos de trabalho.
É citado o caso de Eldorado dos Carajás, com imagens que não foram divulgados pela mídia e da Manifestação na curva do S.
É falado da Vale do Rio Doce diante dos conflitos do MST, em que ela tem a