Divisão técnica e profissional do trabalho
Os progressos tecnológicos, resultantes do aparecimento de novos instrumentos de trabalho ou do aperfeiçoamento dos existentes e a elevação da habilidade do seu manejo, foram acompanhados dum acréscimo de produtividade e do avanço da divisão técnica e profissional do trabalho. O aumento da densidade ou do volume do trabalho obriga a um aumento da divisão do trabalho dentro das unidades produtivas, sejam elas oficinas, empresas ou entidades administrativas. A noção de divisão do trabalho designa o fato de os homens e os espaços econômicos se especializarem cada qual num número limitado de atividades diferentes.
A divisão técnica do trabalho permite a especialização dos trabalhadores em determinadas atividades e a separação dos diferentes tipos de funções laborais dentro duma determinada unidade econômica, de forma que aumente a sua eficácia pela acumulação de experiência e desenvolvimento da sua habilidade. O trabalho reparte-se em atividades complementares e entre indivíduos ou grupos especializados. As tarefas parciais visam compor um corpo único, contribuindo cada uma para o produto final. A divisão técnica predetermina as relações de intercâmbio de atividades entre os seus componentes e identifica a forma de apropriação dos recursos e das condições de produção.
A divisão profissional do trabalho deu origem a uma diversificação de necessidades e de funções que envolveram a multiplicação da atividade dos serviços e gerou uma série vastíssima de relações econômico-sociais. Dentro de cada atividade profissional surgem divisões em sentido vertical ou horizontal, aparecendo profissões que podiam ir desde a obtenção das matérias-primas e combustíveis, passando por trabalhos intermédios, até aos artesãos que efetuaram as últimas operações e davam o produto por acabado.
Na agricultura, além da divisão entre a vida agro-pecuária, silvícola e as restantes formas de produção, são visíveis certos aspectos da divisão técnica do