Narcisismo
Em 1913, em “Totem e Tabu” Freud afirma que “um ser humano permanece narcisista em certa medida mesmo depois de ter encontrado objetos externos para a sua libido”.
Freud (1914), em “Sobre o Narcisismo: uma introdução” afirma que na esquizofrenia a libido afastada do mundo externo é dirigida para o ego e assim dá margem a atitude que pode ser denominada de narcisismo, mas esse seria um narcisismo secundário.
Segundo o autor, há uma catexia libidinal original do ego(primário), parte da qual é posteriormente transmitida aos objetos(secundário) , mas que fundamentalmente persiste e está relacionada com as catexias objetais.
Narcisisimo primário: Designa a situação inicial, em que o próprio sujeito, é objeto da líbido sexual. Ex: vida uterina Em 1914 Freud diz que o encanto de uma criança reside em grande medida em seu narcisismo, seu autocontentamento e inacessibilidade.
Segundo Freud (1914), um ser humano tem originalmente dois objetos sexuais — ele próprio e a mulher que cuida dele — e ao fazê-lo estamos postulando a existência de um narcisismo primário em todos, o qual, em alguns casos, pode manifestar-se de forma dominante em sua escolha objetal.
Freud diz que a atitude dos pais afetuosos para com os filhos, é uma revivescência e reprodução de seu próprio narcisismo que já foi abandonado.
Narcisismo secundário: A energia pulsional é primeiro investida em objetos externos e depois para a própria pessoa, na maioria das vezes devido fortes decepções com os objetos externos provedores. O narcisismo secundário implica a introjeção do objeto e a identificação com o mesmo.
Segundo Freud (1914) “A libido retirada do mundo externo foi conduzida para o eu e assim surgiu uma atitude que podemos chamar narcisismo. Mas o delírio de grandeza não é uma criação nova, é a ampliação e o