Narcisismo -varias visoes
De acordo com o psicanalista Sigmund Freud, o narcisismo é uma característica normal em todos os seres humanos. Está relacionado com o desenvolvimento da libido (com o desejo sexual).
Os narcisistas não adotaram como modelo inicial sua mãe, e sim seu próprio eu. Procurando inequivocamente a si mesmo como objeto amoroso, ou seja, sua escolha objetal é narcísica.
O narcisismo se transforma em patologia, ou seja, passa do estado normal para o doentio, quando entra em conflito com ideias culturais e éticas, tornando-se excessivo e dificultando as relações normais do indivíduo no meio social.
De acordo com os estudos de Freud, o narcisismo pode ser dividido em duas etapas: narcisismo primário (fase auto-erótica) e o narcisismo secundário (quando o indivíduo desenvolve o ego e consegue diferenciar os seus desejos e o que o atrai do resto do mundo).
Narcisismo Primário
O primeiro modo de satisfação da libido seria o auto-erotismo conceituado como o prazer que o órgão retira de si mesmo; essas pulsões, de forma independente, procuram cada qual por si, sua satisfação no próprio corpo. Nesse período, ainda não existe uma unidade comparável ao eu, nem uma real diferenciação do mundo.
Freud fala que o amor dos pais aos filhos é o narcisismo dos pais renascido e transformado em amor objetal. O Narcisismo primário representaria de certa forma, uma espécie de onipotência que se cria no encontro entre o narcisismo nascente do bebê e o narcisismo renascente dos pais. A criança concretizara o sonhos dourados dos pais, sonhos que estes jamais realizaram. O menino se tornara um grande homem e um herói em lugar do pai. A menina se casará com um príncipe como compensação para a mãe. Ou seja, o narcisismo dos pais renasceu transformado em amor objetal.
Narcisismo Secundário
Quando o bebê consegue diferenciar seu próprio corpo do mundo externo, ele identifica suas necessidades e quem as satisfaz; o sujeito concentra em um objeto suas pulsões