resumo mudança organizacional
De forma sintética - mas não simplista – Cunha propõem neste artigo a integração da Teoria Ecológica de Hannah e Freeman e a Perspectiva da Dependência de Recursos de
Pfeffer e Salancik. Com caráter didático e de embasamento teórico o autor apresenta os principais conceitos e limitantes de ambas teorias e como uma pode colaborar com a outra.
Sobre as criticas da Teoria Ecológica, o autor se limita as já conhecidas e
“enaltecidas”:
• Ambigüidade de conceitos;
• Indefinição nos níveis de análise;
• Foca apenas no estudo das organizações sobreviventes (cases de sucesso), não fazendo uma análise dos cases de insucesso.
Partindo da premissa que a Teoria Ecológica considera mais a interação entre os indivíduos e o ambiente, mas respeita a natureza de sistema aberto das organizações, Cunha propõem a integração com a Perspectiva da Dependência de Recursos, permitindo uma análise dos mecanismos que promovem a retenção e utilização dos recursos, tornando-os características da individuo perante a população. Neste ensaio, o autor foi muito feliz, em propor uma análise macro (interação) conjugada com uma análise minuciosa do vínculo baseado em recursos (dependência).
Transpondo o limite deste artigo e analisando a classificação de Van de Ven e
Poole (1995), podemos afirmar que a proposta de Cunha é identificada como uma teoria Trimotor:
• Prescritivo com uma entidade: ao considerar a organinização submetida a estágios evolucionários;
• Construtivista entre entidades: ao analisar a dependência e interação de recursos entre as organizações;
• Prescritivo entre entidades: a base da própria Teoria Ecológica.
Desta forma a teoria proposta se classifica no mesmo grupo da teoria Psicologia
Social da Organização de Weick (1979).
Referência
CUNHA, M. P. Organizações, Recursos e a luta pela sobrevivência. RAE – Revista de
Administração de Empresas, São Paulo, v 33, n 5, p 34-47, Set/Out