NAO TENHO
Esse período, chamado de multipolar para designar as várias potências que dominam a ordem mundial (Japão, EUA, União Europeia e China) e unimultipolar para fazer referência ao papel destacado dos norte-americanos frente aos demais, é marcado por novas perspectivas. Antes, no mundo bipolar, as corridas armamentista e espacial ditavam o ritmo de desenvolvimento, o que agora ocupa um segundo plano em detrimento do ritmo de crescimento social e econômico das nações.
Organizações militares, como a OTAN, apesar de ainda importantes, passaram a ocupar um segundo plano, em benefício dos blocos econômicos, com destaque para a União Europeia. A polarização mundial entre leste e oeste, que coloca em lados opostos os países capitalistas e socialistas, foi substituída pela oposição norte-sul, dos países centrais contra os países periféricos.
Nesse contexto, o papel do Brasil na Nova Ordem Mundial pautou-se em transformações em seu comportamento político e econômico. No âmbito político, o regime ditatorial foi substituído na década de 1980 por uma democracia presidencialista, quando os governos posteriores adotaram uma política neoliberal, minimizando a participação do Estado na economia e garantindo o predomínio da iniciativa privada, inclusive em setores estratégicos, como a mineração, os transportes, as telecomunicações e energia.
Essa postura seguiu uma tendência internacional posta no chamado Consenso de Washington, em que os países do chamado Norte desenvolvido pressionaram os países do Sul emergente para a adoção de políticas neoliberais, além de uma maior abertura comercial por parte desses países, o que se viu plenamente nos anos 2000 no