NAO TENHO UAI
Harry Stack Sullivan (1892 – 1949) formulou suas inovações no campo da psiquiatria e da psicanalise nos últimos anos da década de 20 e inicio dos anos 30, do século XX. Foi um dos primeiros pensadores norte-americanos a entender a contribuição de Freud. No entanto, rompeu com a teoria psicanalítica por discordar das hipóteses conceituais básicas. Por isso, não se referia ao seu próprio trabalho como sendo do campo da psicanálise, abandonando assim a terminologia psicanalítica.
O autor utilizou em sua teoria um esquema conceitual derivado da física moderna. Dentro desta nova orientação os fenômenos não podem mais ser explicados como se ocorressem em um organismo isolado, em uma entidade fechada ou segundo os mecanismos deterministas de uma causa-efeito da física clássica. Com sua abordagem orientada para o processo, Sullivan achou que, no estudo do desenvolvimento um indivíduo não se podia conceber existindo isoladamente em tempo algum. A condição humana foi sempre uma experiência gregária, ou seja, ele concebia a personalidade como “padrões relativamente duradouras de situações interpessoais repetitivas”.
Sullivan era um clínico e a necessidade de reformulações teóricas surgiu de suas experiências terapêuticas com esquizofrênicos e obsessivos. As principais modificações que realizou em seu método psicoterapêutico dizem respeito à relação médico-paciente e à maneira de realizar a investigação terapêutica.
A personalidade é tornada manifesta em situações interpessoais. Tudo, à respeito das pessoas e de suas personalidades, deve ser colocado em um contexto social, inter-pessoal, já que é neste contexto que pode-se observar o surgimento e desenvolvimento da personalidade dos indivíduos no meio, que é, em última instância social.
Sua crítica básica sobre a psiquiatria clássica de Kraepelin foi a de que as poderosas forças sociais e culturais possuem um papel determinante na criação de padrões ineficientes no viver inter-pessoal, que