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Diferentemente do que se pode parecer, estas células não precisam, necessariamente, vir de indivíduos distintos para que ocorra a fecundação. Seres monoicos (ou hermafroditas) produzem estes dois tipos, em uma mesma unidade estrutural, e podem tanto se autofecundar quanto trocar gametas com outros indivíduos hermafroditos. É o caso de flores com gametófito e esporófito, e o das minhocas, que se reproduzem de forma cruzada.
A maioria dos indivíduos eucarióticos realiza esse tipo de reprodução que, exceto em casos de autofecundação, e também diferentemente da assexuada, promove a variação genética. Para justificar este fato, tomemos como exemplo a espécie humana: homens produzem os espermatozoides e mulheres, óvulos. Cada um destes gametas apresenta a metade do material genético do indivíduo que o gerou. Assim, o fruto dessa união possui semelhança com seus pais sem, no entanto, ser cópia de um ou de outro.
Em caso de uma alteração ambiental brusca - por exemplo, um período de frio muito intenso – alguns indivíduos de uma espécie podem não resistir enquanto outros, mais bem adaptados àquele tipo de situação, conseguem sobreviver, fazendo com que a espécie não seja extinta. Esse é o retrato da vantagem que a variabilidade genética proporciona às populações: nesta mesma situação, caso os indivíduos fossem idênticos, a probabilidade de todos eles não resistirem seria bem maior.
Por Mariana Araguaia
Graduada em Biologia