Nanotecnologia
A nanotecnologia consiste nos estudos e na manipulação da matéria em escala atômica e molecular. O nome dado a essa nova tecnologia deriva do termo nanômetro, que corresponde a um bilionésimo do metro (0,000000001 m), e foi definido pela
Universidade Científica de Tóquio, em 1974.
Durante uma palestra para a Sociedade Americana de Física em 1959, o físico americano Richard Feynman (1918-1988) apresentou seu projeto para uma nova pesquisa. O estudo era baseado na possibilidade de poder organizar os átomos da maneira que desejarmos. Porém essa ideia era muito avançada para época. Após trinta anos, a ideia de Feynman toma forma na ciência do muito pequeno, a nanotecnologia, denominada dessa forma porque seus objetos de estudo costumam ser medidos em nanômetros. Um nanômetro (nm) equivale a um bilionésimo de metro.
O avanço da nanotecnologia ocorreu a partir do desenvolvimento do Microscópio eletrônico de varredura (MEV), em 1981, na Suíça. Esse microscópio tem uma capacidade de aumento muito maior que os microscópios ópticos. Ele é constituído por uma agulha extremamente fina, formada por poucos átomos, que executa a varredura de uma superfície a uma distância de um nanômetro. Durante essa varredura, os elétrons tunelam da agulha para a superfície, criando uma corrente de tunelamento, que é utilizada por um computador para criar uma imagem extremamente ampliada dessa superfície, tornando visíveis os seus átomos.
No Brasil
Entre 2001e 2002, foram efetivados quatro redes de nanotecnologia e foram feitos os primeiros esforços na direção da criação de um Centro de
Referência em Nanotecnologia. Em seguida, no governo Fernando Henrique Cardoso, foi elaborado o primeiro Programa Nacional de Nanotecnologia, à pedido do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT).
Com a troca de governo, o documento foi abandonado, optando-se por preparar um segundo programa, este sob os cuidados de Fernando Galembeck, também docente da Unicamp.