Bogotá / Temas – A nanociência e a nanotecnologia podem ser consideradas como um resultado inevitável da evolução do conhecimento e da capacidade instrumental para explorar a composição, organização e comportamento da matéria em nível nanoescalar. O prefixo “nano” faz referência a escalas da ordem de uma milmilionésima parte de um metro. Nesta escala têm lugar muitos dos processos que permitem que a matéria se encaixe a partir de átomos e moléculas em estruturas que pertencem à faixa referente para delimitar os objetos de estudo da nanociência (entre um e cem nanometros) mostraram interessantes propriedades físicas e químicas, que não se observam na matéria em maiores escalas. Além da composição, estas propriedades se tornam dependentes do número de átomos que configuram a estrutura (poucos átomos podem fazer a diferença), da forma e da área da superfície (que resulta dominante sobre o volume). As novas e interessantes propriedades da matéria em nível nanoescalar motivaram um interesse crescente no estudo e desenvolvimento de novos materiais, dispositivos e sistemas com capacidade de automontagem, dentro de um contexto de imitação biológica. Isso abre uma rota de trânsito para potenciais aplicações em medicina, comunicações, computação, agro, indústria automotriz, têxtil, eletrônica e da construção, entre outras, assim como soluções a problemas relacionados com o meio ambiente, saúde e energia, críticos para a sociedade. Esperam-nos mudanças importantes na gestão do conhecimento, nas formas de trabalho científico e nas relações entre pesquisa, inovação e produção tecnológica. Entre 1999 e 2000, a nanotecnologia cobra visibilidade como campo emergente crucial para traçar as políticas de desenvolvimento científico e tecnológico e se lhe reconhece como elemento responsável de uma segunda revolução industrial. A partir deste período e num contexto de capacidade de investimento e liderança,