Nada é mais humano que o crime
Fichamento:
MILLER, Jacques-alain. Nada é mais humano que o crime.
Neste fichamento transcrevi, na minha perspectiva, as partes dignas de nota e que sintetizaram de maneira mais objetiva os propósitos do texto.
“Tomo a palavra para celebrar o aparecimento do livro A quem o assassino mata?”
“A clínica apresentada neste livro resulta de uma intersecção entre a psicanálise e o direito.”
À clínica policial se acrescenta uma clínica jurídica.
“Então, há duas clínicas, uma clínica dos clínicos e uma clínica dos policiais e dos juízes.”
“Neste livro, vemos que a clínica psicanalítica se introduz na clínica policial e jurídica, sem megalomania, de maneira modesta.”
“Penso que a segunda parte do texto de Freud de 1925 (...) é uma reflexão de Freud sobre os sonhos de natureza imoral.”
“Todos os sonhos, se se sonha, são fundamentalmente sonhos de transgressão. Um sonho sempre, segundo Freud está contra o direito.”
“(...) os sonhadores são criminosos mascarados.”
“Analiticamente, o imoral é uma parte de nossoser (...) [e] inclui não só a parte de somos orgulhosos, que mostramos na tribuna ou no tribunal, a parte admirável que constitui a honra da humanidade, mas também a parte horrível.”
“A Interpretação dos sonhos proposta por Freud modificou a idéia que tínhamos sobre nosso ser.”
“Gostaria de instaurar o seguinte paradoxo: nada é mais humano que o crime. O que parece mais humano foi reintroduzido no humano por Freud. Nesse sentido, o crime desmascara algo próprio da natureza humana, ainda que seguramente exista em nós a simpatia, a compaixão, e a piedade.”
“Um grande escritor da época da revolução francesa (...) disse (...) que, para ele,a figura máxima da civilização era o verdugo: o homem que podia matar em nome da lei e da humanidade. Esse era o personagem central da civilização.”
“A sociedade requer a eliminação de de certa quntidade de sers humanos. (...) o conjunto social não se pode