Nacionalismo nos balcas
INEST- Instituto de Estudos Estratégicos
Departamento de Estudos Estratégicos e Relações Internacionais
Disciplina: Futebol nas Relações Internacionais
Professor: Adriano Freixo
Aluna: Michele Mattos Vieira do Paço
Resenha sobre o texto: O Papel do futebol em contextos pós-conlito: O caso dos Bálcãs.-
Pedro Sousa Almeida, Universidade de Coimbra - UC, Coimbra – Portugal
Ao relacionar o futebol com o nacionalismo, é preciso destacar dois grupos de torcedores conhecidos por suas demonstrações de nacionalismo e xenofobia extrema, os “hooligans” de origem inglesa e os “ultras” de origem italiana. O primeiro é conhecido por glorificar tudo relacionado à cultura inglesa e menosprezar o que vem de outros países ou etnias. O segundo grupo, não muito diferente do anterior, começou a ficar mais violento com o aumento da repressão policial, o que gerou um terreno fértil para o racismo e xenofobia. Devido ao forte sentimento emocional que une os “ultras” ao seu clube, eles levam ao estádio através das torcidas, valores característicos das sociedades mediterrâneas, como as noções de tradição, honra, vergonha e masculinidade, que apesar de serem válidas, juntamente a linguagem bélica e a postura hostil, formam uma situação propícia a comportamentos agressivos. A politização desses grupos, a partir da segunda metade da década de 1990, começou a chamar atenção da comunidade acadêmica para esse assunto. Entretanto, a maioria dos estudiosos peca por apresentar um certo reducionismo em suas análises. Eles tendem a passar a idéia de que a xenofobia, o racismo e o nacionalismo extremado são exclusivos de grupos de torcedores específicos quando na verdade são praticados também pelos chamados “torcedores tradicionais” e também não dão o devido destaque ao papel decisivo dos processos coloniais, eurocentrismo e racismo na construção e consolidação da identidade européia. Por isso, o autor conclui não ser possível relacionar diretamente o futebol