primeira guerra mundial
Pode-se afirmar que a Primeira Guerra foi produto das tensões que se formaram na Europa a partir da segunda metade do século XIX. Nesse período, a propagação do nacionalismo e do imperialismo (tanto no sentido político quanto no sentido econômico, ver: Imperialismo) provocou a formação dos Estados nacionalistas por meio de processos como a Unificação Alemã e a Unificação Italiana. A Alemanha, especificamente, promoveu sua unificação com a Prússia usando como mote principal a rivalidade com a França. A Guerra Franco-Prussiana, de 1870, ainda preservava características das guerras com exércitos aristocráticos, cujos soldados pautavam-se de valores, como a honra, e as batalhas eram travadas em campos específicos. Com a guerra iniciada em 1914, essas características foram diluídas.
Esses países nacionalistas, na virada do século XIX para o século XX, também se tornaram potências econômicas e militares e pretendiam expandir seus domínios para outras regiões, como o continente africano e asiático. Tal fenômeno ficou conhecido como Neocolonialismo. Além disso, havia projetos de blocos nacionalistas no continente europeu. O Pan-eslavismo (nacionalismo eslavo, encabeçado pela Rússia czarista) e o Pangermanismo (nacionalismo germânico, comandado pela Alemanha e pela Áustria) eram as principais expressões desses projetos. A região dos Bálcãs, local onde se encontravam países como Bósnia e Sérvia, era o centro dos conflitos entre os interesses germânicos e eslavos. A Rússia apoiava a criação do ESTADO da “Grande Sérvia”, enquanto o Império Áustro-Húngaro