Nacionalismo, Liberalismo e Socialismo
O nacionalismo consiste em uma ideologia e movimento político, baseados na consciência da nação, que mostram a crença na existência de certas características comuns em uma comunidade, nacional ou supranacional, e o desejo de modelá-las politicamente.
Com precedentes na Idade Média, sobretudo nas monarquias absolutas, é a partir da Revolução Francesa que surge o nacionalismo moderno, juntamente com o apogeu da burguesia industrial. Depois, a luta com um exército invasor (guerras napoleônicas) e o desejo de independência (continente americano), deram ao nacionalismo um novo impulso. No século XIX, vários intelectuais passaram a discutir quais seriam os elementos históricos e culturais que poderiam definir a identidade nacional. Muitas vezes, buscando a construção de um argumento forte, os pensadores do nacionalismo procuravam na língua, nos mais diversos comportamentos e na História a definição do perfil comum dos indivíduos pertencentes à nação. Não raro, argumentos de ordem mítica reforçavam um ideal de superioridade a ser compartilhado.
Comparativamente, a doutrina nacionalista colocava a defesa da nação acima de outras experiências e instituições tais como o Estado, a Igreja, o partido político ou o sindicato. Semelhantemente, também devemos destacar que o sentimento nacional provocou profundas mudanças na relação das nações entre si. O verdadeiro nacionalista deveria sempre acreditar e perceber que a soberania de sua nação estava acima dos interesses particulares e das ameaças estrangeiras. Para os liberais, o nacionalismo acabava sendo interpretado como um grande desdobramento do próprio liberalismo. Afinal de contas, a busca pelo direito de escolher seu próprio governo, criar suas próprias leis e defender o território completavam o amplo conjunto de lutas que garantiriam a liberdade e a igualdade. Ao contrário disso, podemos ver que este movimento ia de encontro às doutrinas socialistas que se dirigiam a união dos