Música na década de 50
A década de 50 foi marcada por grandes transformações na cultura musical brasileira: influência do pós-guerra, início da televisão com forte presença dos meios de comunicação, aumento da participação de intelectuais junto às bases populares da música brasileira, melhoria econômica da população e apelo nacionalista iniciado pelo governo de Getúlio Vargas.
As elites intelectuais brasileiras, principalmente no Rio de Janeiro, começaram a participar mais ativamente dos movimentos de música popular brasileira, onde até os anos 40 predominavam compositores de muita sensibilidade, porém com pouca bagagem intelectual. Dessa maneira as músicas brasileiras passaram a ter mais atenção por parte da comunidade musical que as estrangeiras como boleros e tangos.
Nesse contexto nasceu a Bossa Nova, durante final da década de 50. Os principais artistas e compositores iniciadores da bossa nova foram: Antonio Carlos Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Ronaldo Bôscoli, Baden Powell, Luizinho Eça, os irmãos Castro Neves, Newtom Mendonça, Chico Feitosa, Durval Ferreira, Nara Leão, Sylvia Telles, Luis Carlos Vinhas, Johnny Alf e muitos outros. Impossível precisar o início da Bossa Nova, mas admite-se que o lançamento em 1958 do LP Canção do Amor Demais com Elizeth Cardoso interpretando Chega de Saudades de Tom e Vinicius, entre outras, tenha sido o marco inicial da Bossa Nova; nesse LP João Gilberto surpreendeu a todos com sua nova batida de violão; foram experiências musicais de vários artistas, principalmente da turma que frequentava a casa de Nara Leão; admite-se a influência do jazz na batida da Bossa Nova.
Sucederam-se "Samba de uma nota só" de Tom e Newton Mendonça, "Desafinado", "Garota de Ipanema", "Só danço samba" estas últimas de Tom e Vinícius e muitas outras, marcando definitivamente a Bossa Nova como o grande movimento da moderna Música Popular Brasileira.