MÚSICA ALÉM DO AMBIENTE
EXPERIÊNCIA - Na esteira da experiência no ponto-de-venda, lojas usam trilha sonora como ferramenta de marketing, tocando gêneros do gosto da clientela. Há empresas especializadas em fornecer o serviço para o varejo.
Viviane Faver
A música ambiente, velha conhecida entre as estratégias das lojas para atrair clientes e estimular as vendas, caminha para adquirir feições de ferramenta de marketing, a medida que vai crescendo a importância da idéia de experiência de compra. Isso significa escolher as músicas de acordo com o perfil do cliente, mudar o repertório em função da hora do dia e mandar coerência na programação musical das filiais quando se trata de uma rede. Sinal da importância dessa abordagem complexa na escolha da música ambiente é o surgimento de empresas especializadas em prestar esse serviço: a Rádio Ibiza, um desses fornecedores, já tem 80 clientes.
As lojas também podem, por conta própria, fazer pesquisas sobre o perfil de seus clientes e contratar produtoras musicais para montar uma trilha sonora personalizada. Algumas chegam a fazer suas próprias rádios, ampliando as possibilidades de interação. Quem opta por cuidar da programação musical por conta própria, deve ficar atento ao recolhimento dos direitos autorais, a cargo do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad).
Segundo Antônio Cesar Carvalho de Oliveira, consultor da Acomp Consultoria e Treinamento, para que a música ambiente ajude na composição da experiência de venda, é necessário planejar. "É essencial ter uma integração entre a música e o cenário. Para isso, é preciso dar muita importância à pesquisa, fazendo um estudo prévio do público-alvo da loja", conta. A música deve personificar o público-alvo da loja. "O objetivo é sair do lugar comum, se destacar, captando a atenção de seu público-alvo", diz o consultor.
A Rádio Ibiza surgiu há um ano e meio, para suprir a demanda pela gestão profissional da música como ferramenta de