Método - Descarte - REsumo
O bom senso é a coisa mais bem distribuída entre os homens, por isso a diversidade das opiniões decorre do modo que conduzem os raciocínios. Descartes conduziu seus estudos por várias ciências, mas ainda assim, se vê repleto de dúvidas. Renuncia a procura da verdade nos livros e viaja para observar o mundo, e verifica diversidade e contradições nos costumes dos homens e passa a procurar a verdade em si mesmo, visto que apenas os matemáticos encontraram algumas demonstrações claras e evidentes. Então, Descartes chega a um método que visa a aumentar sua quantidade de conhecimento e o expõe para que possa ajudar a outros homens.
As quatro regras do método são: examinar e aceitar apenas o indubitável, o que é claro e distinto; dividir os problemas em quantas partes forem necessárias; ordenar do mais simples ao mais complexo; enumerar e revisar de modo geral as conclusões, garantindo que nada seja omitido. Descartes aplicou, com sucesso, o método a problemas de geometria e, certo de sua funcionalidade, o aplica a filosofia.
Para não se perder enquanto busca o indubitável, existem quatro leis: obedecer aos costumes de seu país e religião; ser firme em suas ações, seguindo as opiniões quando escolhidas; vencer a si mesmo, antes de modificar do mundo; cultivar a razão e o conhecimento da verdade.
Para duvidar, é necessário pensar, sendo que quem pense seja algo, ou seja, penso, logo existo, o que é indubitável e claro. Entretanto, um pensamento é uma dúvida, a dúvida é uma imperfeição, portanto sou imperfeito. Mas para isso, é preciso existir a ideia de perfeição, logo, o ser perfeito (Deus) existe. Um ser perfeito necessariamente deve existir, pois perfeição implica em existência. Porém toda certeza de coisas exteriores dependem de serem concebidas evidentemente.
A natureza se explica pelos princípios da extensão geométrica e pelas leis do movimento deduzida da perfeição de Deus. As experiências são tanto mais necessárias