Discurso de Método - Descartes - Resumo
De traços humanísticos, a modernidade é crítica na necessidade de seus fundamentos. Entre o ceticismo e o dogmatismo medievais, bem como a expansão do empirismo é um contexto paradoxal que precisa ser solucionado. Segundo REALE & ANTISERI
“se estava difundida a confiança no homem e no seu poder racional, também estava bastante difundida a incerteza sobre o caminho a tomar para garantir uma coisa e superar a outra”. (p. 288)
Nesse tempo, o pensamento de Descartes apresentava-se como uma superação de tais problemas. Queria ele
“oferecer regras certas e fáceis, que corretamente observadas, levarão ao conhecimentos verdadeiro de tudo aquilo que se pode conhecer”. (p. 288)
Para o filósofo, são quatro as regras que devem ser seguidas e estão apresentadas em sua obra O Discurso do Método. Essas regras constituem o modelo do saber, porque estabelecem clareza e distinção ao conhecimento, são elas:
1 – A evidência racional: é o ponto de partida e de chegada de toda atividade racional. Se alcança mediante a intuição autofundamentada e autojustificada. Assim se enuncia:
“nunca aceitar algo como verdadeiro que eu não conhecesse claramente como tal; ou seja, de evitar cuidadosamente a pressa e a prevenção, e de nada fazer constar de meus juízos que não se apresentasse tão clara e distintamente a meu espírito que eu não tivesse motivo algum de duvidar dele”. (p.49)
2 – A segunda regra é a defesa do método analítico, único que pode levar à evidencia. Diz:
“o de repartir cada uma das dificuldades em tantas parcelas quantas fossem possíveis e necessárias a fim de melhor solucioná-las”. (p. 49)
3 – A terceira regra é o procedimento da