Sartre - e existência precede a essência e o homem é condenado a ser livre
Lorena Christina Sá de Carvalho
Trabalho de filosofia
Respondendo as perguntas:
A existência precede a essência
O homem está condenado a ser livre
Antes de criar um objeto, o homem precisa ter a ideia do que pretende constituir, desta forma ao produzir uma caneta, por exemplo, ele sabe a sua utilidade. Se a essência precede a existência, Deus ao criar o homem tem uma ideia pré-concebida da sua criação e desta forma o homem seria para Deus o que o objeto é para o homem, logo homem e objeto tem funções pré-estabelecidas. Porém, esse raciocínio não é consistente uma vez que nós, homens, vamos nos tornando quem somos a medida em que vamos existindo, diferentemente dos objetos, concluindo que a existência precede a essência.
Quando Sartre afirma que o homem está condenado a ser livre, a condenação se da pela ausência da escolha em existir e a liberdade se da pelo que o homem faz da sua vida a cada instante – suas escolhas. O que parece um contrassenso (condenação x liberdade) na verdade é um complemento, pois somos responsáveis pelos nossos atos, pela nossa existência. Não temos um suporte de um Deus-criador que nos dirá como agir e, portanto arcamos com nossas decisões e com suas possíveis consequências. Uma vez que as escolhas nos são impostas a todo momento, a angustia é inevitável. Para o existencialismo, o homem é angustia, pois vive a escolha.
Diante disto, já que o homem é fruto de suas escolhas, e iremos sempre escolher o que é melhor para nós, quando decido tomar tal decisão ou seguir determinado caminho, acredito que essas serão as melhores escolhas, tanto para mim quanto para o outro, e assim, segundo Sartre, escolhendo-me escolho o homem.