método da economia politica
Marx revela a existência de dois métodos de estudo da Economia Política: o primeiro constitui o caminho que foi historicamente seguido pela nascente economia. Os economistas do século VIII, por exemplo, começam sempre pelo todo vivo: a população, a nação, o Estado, vários Estados, etc., mas terminam sempre por descobrir, por meio da análise, certo número de relações gerais abstratas que são determinantes, tais como a divisão do trabalho, o dinheiro, o valor, etc. Estes elementos isolados, uma vez mais ou menos fixados e abstraídos, dão origem aos sistemas econômicos, que se elevam do simples, tal como o trabalho, divisão do trabalho, necessidade, valor de troca, até o Estado, a troca entre nações e o mercado mundial.
O segundo método é manifestamente o método cientificamente exato. O concreto é concreto porque é síntese de muitas determinações, isto é, unidade do diverso. Por isso o concreto aparece no pensamento como processo de síntese, como resultado, não como ponto de partida, ainda que seja o ponto de partida efetivo e, portanto, o ponto de partida também da intuição e da representação.
A diferença entre os dois métodos é a seguinte: No primeiro método, a representação plena volatiza-se em determinações abstratas, no segundo, as determinações abstratas conduzem a reprodução do concreto por meio do pensamento. O pensamento se movimenta assim: ele se eleva do abstrato ao concreto, para se apropriar do concreto, para reproduzi-lo como concreto pensado. O primeiro método, ao considerar o concreto o que não é concreto mais, é abstrato; deixa de compreender as muitas determinações que compõem o próprio concreto. O pensamento deixa de entender as determinações do concreto.
Para a consciência, pois, o movimento das categorias aparece como ato de produção efetivo - que recebe infelizmente apenas um impulso do exterior - , cujo resultado é o mundo, e isto é certo ... “na medida em que a totalidade concreta, como totalidade de pensamentos,