Método da dúvida
A dúvida metódica é um instrumento metodológico com que o filósofo francês Descartes procurou chegar à prova da existência de verdades absolutas, logicamente necessárias e de reconhecimento universal, tal como exige a defesa do Dogmatismo por ele preconizada e defendida, na questão da possibilidade do conhecimento.
Este método consistia da filtragem de todas as suas ideias, eliminando aquelas que não se afigurassem como verdadeiras e fossem dúbias, e apenas retendo as ideias que não suscitavam qualquer tipo de dúvida.
Descartes para dar seguimento a este processo isolou-se no seu quarto durante vários dias em profunda reflexão. Réne Descartes sendo dogmático ou seja, acreditando na possibilidade de conhecer a realidade e apreender mentalmente as suas características, apenas usou o processo da dúvida, enquanto método para atingir o fim da descoberta de verdades absolutas, não se podendo associar-lhe ou conceder-lhe o estatuto de cético, ou seja da corrente oposta que nega a possibilidade de conhecer qualquer parte integrante da realidade.
Assim sendo, com a dúvida a ser utilizada apenas temporariamente como método, a máxima associação que podemos fazer a Descartes com o ceticismo é considerando-lhe um cético moderado durante esta fase desencadeada pelo seu processo de reflexão.
Dualismo
Os dualistas compreendem a existência como uma oposição entre formas distintas, ou seja, entre o bem e o mal, o consciente e o inconsciente, luz e trevas, matéria e espírito, alma e corpo, entre outras, as quais não podem ser reduzidas umas às outras. Esta corrente de pensamento pressupõe a diferença fundamental entre corpo e mente, por mais que pareçam não ser distintos um do outro à luz da percepção sensorial.
René Descartes, porém, ardoroso defensor desta idéia, não confia no conhecimento revelado através dos sentidos. Assim, para este filósofo há no mundo duas substâncias - res cogitans ou res extensa. Da primeira esfera se destaca o universo do pensamento, da