mémorias postumas de bras cubas
“Memórias Póstumas” é um longa-metragem, do gênero comédia-dramática, baseado no romance de Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas. Foi lançado em 2001, escrito por José Roberto Toreto e dirigido pelo roteirista André Klotzel.
A trama do filme começa com o enterro de Brás Cubas, onde dedica ao seu verme a suas vivências. A história se passa na cidade do Rio de Janeiro, no século XIX. É contada pelo seu “fantasma”, que faz uma retrospectiva dos principais fatos, romances, desilusões, formação acadêmica em Portugal, fatos aqueles que marcaram a sua vida. Diferentemente do livro segue uma ordem cronológica, depois de sua morte, volta a seu nascimento, seguindo assim, pela infância, adolescência, juventude e até, novamente, a sua morte.
É completamente perceptível a preocupação que André Klotzel e José Roberto Toreto tiveram em manter a fidelidade com a obra de Machado de Assis. Encontramos falas, diálogos, as histórias, completamente coerentes e em grande parte, completamente retiradas do texto de Machado. Há pequenas adaptações, como a citada a cima, da mudança do tempo, em que no filme é contada em ordem cronológica, já no livro é contada por flash back (lembranças). Outro exemplo é a forma de Brás Cubas se referir ao leitor/espectador, substituindo assim o uso do termo leitor por espectador. Revezando entre sarcasmo, angústia e bom-humor, surpreende pela irreverência e lucidez, em consequência da sinceridade que condição autor/defunto permite.
É uma obra digna, mas é evidente as limitações. Limitações essas, com ligações diretas com os efeitos especiais e os cenários, que não conseguiram expressar a grandiosidade da obra e até mesmo podendo prejudicar ao entendimento, e imaginação das cenas. E como toda adaptação, por mais coerente que seja, algumas partes do livro são cortadas, o que acaba gerando buracos no longa-metragem que também podem afetar a compreensão do espectador.
COLÉGIO SANTO AGOSTINHO