Mário de Sá Carneiro
Nasceu em Lisboa no dia 19 de Maio de 1890 e morreu em Paris no dia 26 de Abril de 1916. Ficou órfão de mãe com apenas dois anos, ficando entregue ao cuidado dos avós, indo viver para a Quinta da Vitória, às portas de Lisboa, aí passando grande parte da infância.
Em 1911, com dezanove anos, vai para Coimbra, onde se matricula na Faculdade de Direito, mas não conclui sequer o ano e, em 1912, veio a conhecer Fernando Pessoa do qual ficou amigo.
Depois vai para Paris a fim de prosseguir os estudos superiores, com o auxílio financeiro do pai. Porém, deixou de frequentar as aulas, dedicando-se a uma vida descuidada, deambulando pelos cafés e salas de espectáculo, chegando a passar fome.
Entre 1913 e 1914 vem a Lisboa com certa regularidade. Com Fernando Pessoa e ainda Almada Negreiros, integrou o primeiro grupo modernista português, sendo responsável pela edição da revista literária “Orpheu” (e que por isso mesmo ficou sendo conhecido como a “Geração d’Orpheu” ou “Grupo d’Orpheu”), um verdadeiro escândalo literário à época, motivo pelo qual apenas saíram dois números, ainda que hoje seja, reconhecido como um dos marcos da história da literatura portuguesa, responsável pela agitação do meio cultural português, bem como pela introdução do modernismo em Portugal.
Em Julho de 1915 regressa a Paris, escrevendo a Fernando Pessoa cartas de uma crescente angústia, das quais ressalta não apenas a imagem lancinante de um homem perdido no «labirinto de si próprio», mas também a evolução e maturidade do processo de escrita de Mário Sá Carneiro.
Uma vez que a vida que trazia não lhe agradava, Mário Sá Carneiro entrou numa cada vez maior angústia, que viria a conduzi-lo ao seu suicídio, cometido no Hotel de Nice, em Paris.
Tinha ainda vinte e seis anos. Extravagante tanto na morte como em vida (do qual o