Loucura - Mário de Sá Carneiro
Mário de Sá Carneiro nasceu em Lisboa a 19 de Maio de 1890 e foi um poeta contista e ficcionista português. Foi um dos rostos do modernismo em Portugal e conceituado membro da geração Orpheu. Começou a escrever poesia com doze anos e aos quinze já traduzia autores como Victor Hugo, Goeth e Schiller. Matriculou-se na faculdade de direito em Coimbra onde conheceu Fernando Pessoa, figura que veio a tornar-se o seu melhor amigo. Uma vez que não fez nenhuma cadeira do curso de direito foi para Paris com o objetivo de continuar os estudos superiores na universidade da Sorbone. Cedo se dedicou a uma vida boémia chegando até a passar fome. Foi em Paris que compôs grande parte das suas obras poéticas e correspondência com o seu amigo Fernando Pessoa. Já em Lisboa associando-se a Fernando Pessoa e Almada Negreiros constitui o primeiro grupo modernista português, sendo responsável pela edição da revista Orpheu.
3. Justifique o título da obra, tomando como referência o conteúdo do texto lido.
Na minha opinião, “Loucura” é um título bem escolhido dado que a história central do livro é baseada na vida de Raul e nas suas “loucuras”, tanto como no conceito de loucura em si.
4. Selecione dois excertos da obra, sublinhando e anotando as passagens que mais lhe chamaram atenção. Procure explicar e justificar a sua adesão a estes excertos da obra.
“A maior parte dos homens adotou um sistema determinado de convenções: É a gente de juízo…Pelo contrário, um número reduzido de indivíduos vê os objetos com outros olhos, chama-lhes outros nomes, pensa de maneira diferente, encara a vida de modo diverso. Como estão em minoria…são doidos…
Se um dia porém a sorte favorecesse os loucos, se o seu número fosse superior e o género da sua loucura idêntico, eles é que passariam a ser ajuizados: Na terra dos cegos, quem tem um olho é rei, diz o adágio: na terra dos doidos, quem tem juízo, é doido, concluo eu.”
"Loucura?! – Mas afinal o