Musicas na educação infantil
SARAVALI, Eliane Giachetto - UNITRI
GT: Educação da Criança de 0 a 6 anos / n.07
Agência Financiadora: CAPES
Nos tempos atuais, o debate sobre direitos humanos ampliou-se. A exposição da violência mundial, das questões sociais, dos discrepantes níveis de oportunidades entre os indivíduos do nosso planeta, do terrorismo etc. vem acirrando as discussões em torno do tema. O debate, quase que inevitavelmente, traz para a mesa de discussões o papel da educação e da escola neste processo, principalmente no que se refere a como estas questões podem ser trabalhadas no cotidiano escolar. O processo de transformação da sociedade deve buscar o reconhecimento e a prática dos direitos humanos visando a solução dos problemas acima apontados. Nos Referenciais Curriculares Nacionais para a Educação Infantil (Brasil, 1998), observamos que a criança tem o direito de brincar, de ser cuidada e educada por profissionais comprometidos com o desenvolvimento infantil e com o respeito aos direitos das crianças. Isso nos remete a dois pensamentos de Faria (1999) sobre a educação infantil, no primeiro deles a autora fala da creche e aqui vamos considerar a pré-escola também, ou seja, a educação infantil, como um lugar "... onde se torna criança, onde não se trabalha, onde se pode crescer sem deixar de ser criança, onde se descobre (e se conhece) o mundo através do brincar, das relações mais variadas com objetos e as pessoas, principalmente entre elas: as crianças." (p.72). O outro pensamento que queremos destacar refere-se ao adulto que trabalha, direta ou indiretamente, nesse espaço: "... ele precisa aprender esta profissão de professora de criança pequena: professora de creche, professora de pré-escola." (p.76). Respeitar a criança e os seus direitos, bem como tornar possível esse espaço e esse profissional que Faria aponta, implica também em saber ouvir os pequenos: seus desejos, seu medos,