Musica

Pode parecer que já tenha falado bastante sobre o assunto, mas ainda não falei o suficiente.
Nas postagens anteriores, apenas tratei sobre exercícios de aquecimento do aparelho fonador e outros voltados para dicção. Até então, não tinha falado sobre vocalizes, elemento fundamental que os cantores conhecem bem. Os exercícios que estou propondo aqui são seqüências para serem feitas em repetições ascendentes a cada meio tom, para trabalhar toda a extensão da voz e não apenas a da fala; são feitos em três notas, com intervalos de tom entre elas (ex. Dó-Ré-Mi). Vale sempre lembrar que quaisquer exercícios de aquecimento são para “acordar as musculatura”, não se deve — nem convém — empregar muito som ou esticar muito a voz logo nas primeiras repetições; mais vale colocar precisa e corretamente o som e subir aos poucos. Depois de aquecida, a voz fica pronta para exercícios que exijam mais, tanto da potência quanto da extensão, e até mesmo da agilidade.
Abaixo, segue a minha rotina:
1 – vibração de lábio;
2 – vibração de língua. No caso deste, ele é amplamente feito e conhecido como se fosse baseado num leve sorriso, trrrrrrr, causando muita abertura lateral da boca, o que pode gerar um certo desconforto e tensão na mandíbula; sendo assim, eu prefiro fazê-lo como se articulasse a vogal /u/ ou trrrrrrrrrru, o que brinco com meus alunos de “pombo excitado”, pois favorece mais espaço dentro da boca, gerando um som mais profundo;
3 – humming; esses três exercícios não estendo por muito mais de uma oitava.
Nos três vocalizes seguintes, é extremamente importante procurar vogais puras, muito próximas ao modo de falar do idioma italiano, e manter a clareza da articulação do início ao fim. Isto, aliás, é um hábito que todo mundo, cantores e falantes, tem que lidar em algum momento do seu processo de treinamento. Ao produzirmos um som, somos responsáveis do momento em que o som se inicia até o momento em que ele se extingue, então devemos manter nossa