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Tese de doutorado apresentada na UFSCar, 2008.
Autor: Kleber B.B. Candiotto
Orientador: João de Fernandes Teixeira
... a ciência do cérebro deve ser concebida como uma ciência de como nós representamos nosso próprio cérebro, ou seja, de como falamos de uma entidade construída através do conhecimento neurocientífico – uma entidade teórica.
J. F. Teixeira
Cabe à filosofia da mente fundamentar (e não competir com) teorias neurofisiológicas, psicológicas, computacionais da cognição, procurando clarificar as suposições metafísicas que estas inevitavelmente fazem.
D. C. Dennett
DA APRESENTAÇÃO
Durante muito tempo, ficou mal aos filósofos psicologizarem, e aos psicólogos filosofarem.
J. A. Fodor
APRENSENTAÇÃO
Pesquisar e compreender os processos mentais sob o aspecto filosófico e científico tornou-se um desafio nos últimos dois séculos. A ciência passou a considerar possível e importante o estudo da mente, o que culminou numa área específica de estudo, com métodos e procedimentos próprios: a psicologia.
Os estudos da mente, neste período, desenvolveram-se mediante o uso de modelos e metáforas, o que, de uma certa forma, acontece em todos os campos do saber. No entanto, no século XX, o uso excessivo de modelos e metáforas culminou na significativa proliferação de teorias sobre a mente. Mais que um problema ontológico, a questão principal em torno da mente é, a nosso ver, metodológica, epistemológica.
Os modelos, embora necessários na construção de uma teoria, possuem limitações e perigos, uma vez que podem incorrer em reducionismos. Teorias, de certa forma, levam a um reducionismo e a escolha de um modelo é muitas vezes uma questão de preferência, e o campo da filosofia da mente, justamente por ser um campo novo, não foge a regra. Embora possam ser libertários da inteligência, segundo Teixeira, contudo, podem também induzir a