musica no tempo da colonia
Maria da Conceição Tavares Teixeira Garcia (UNIESP)
“Observamos que a música é uma ferramenta utilizada muitas vezes para a aprendizagem, expressão de diversos grupos e nações para afirmar sua cultura e até mesmo como expressão de valores. A música tem um papel efetivo na vida das pessoas, de todas as idades, em todas as classes sociais, para os mais diversos usos”.
À medida que a elite da Colônia se expandia, um novo modelo de ensino deveria ser desenvolvido, de acordo com os padrões europeus da época. Mas logo foi percebido que o Brasil apresentava uma realidade muito diferente do que existia na Europa. Os Jesuítas entendiam, “[...] que sem a educação não seria possível o desenvolvimento da colônia, pois as crianças aqui nascidas, independente de serem fruto da miscigenação, precisavam ser educadas moral e intelectualmente”. (BORTOLOTI, s/d , p. 8).
A primeira missão jesuítica. Com a intenção de “catequizar os gentios”, os missionários adaptam textos bíblicos aos cantos tradicionais indígenas. Daí nasce o cateretê, que pode ser considerado como o primeiro gênero musical oriundo da interinfluência cultural, no país. O mais antigo compositor brasileiro conhecido é Inácio Ribeiro Nóia
A Música no Período Colonial (1500-1808)
A Música no Período Colonial (1500-1808).
Inicialmente, o centro político e econômico estava no Nordeste: na
Bahia e em Pernambuco. Neste período, têm início o Ciclo da Cana-de-Açúcar (1535) e a Escravatura (1538)..
A música é predominantemente doméstica e religiosa: os cantos europeus, na casa grande e na igreja, não se misturam aos cânticos dos negros, restritos à senzala.
Posteriormente, com o Ciclo do Ouro (1690), o centro econômico deslocou-se para Minas Gerais. A independência econômica com relação à Metrópole gerou o movimento emancipacionista conhecido com Inconfidência Mineira. O vigor econômico trouxe o florescimento musical. Nesta época, inúmeros mulatos