Museus
O Cemitério da Soledade foi fundado em 1850. As pedras de cantaria que forma o muro do Soledade vieram de Lisboa, Portugal. O gradil foi trazido de Liverpool, na Inglaterra. A fachada foi feita pelo arquiteto preferido de Dom Pedro I, Antonio Pezerat. O primeiro campo santo de Belém atendia a ordem de não enterrar mais os mortos dentro ou próximo das igrejas. O cemitério foi feito também para acomodar os mortos pela febre amarela que varreu a população belenense. Outras duas epidemias também lotaram o Soledade: a do coléra e da varíola. O cemitério encerrou suas atividades em 1880. Há 30 mil corpos sepultados no Soledade. Joaquim Vitorino de Souza Cabral, construtor do Soledade, está enterrado lá.
Curiosidades
O cemitério era administrado pelas Ordens religiosas da Santa Casa, Ordem Terceira de São Francisco, Ordem Terceira Militar de Santo Cristo e Ordem de Nossa Senhora do Carmo. As quatro ordens ocupavam cada uma um quadrante do cemitério. Divisão que pode ser vista ainda hoje. No Soledade é possível ver o túmulo de personagens ilustres do século XIX em Belém, como: general Hilário Gurjão, cônego Siqueira Mendes, visconde de Arari e a Baronesa de Jaguaribe. Há ainda os santos populares cultuados como o Menino Zezinho, o Menino Cícero, a Menina Januária, os Gêmeos, a Preta Domingas e a Escrava Anastácia.
Arte
As famílias mais ricas de Belém primeiro resistiram a ideia de enterrar seus mortos fora das igrejas. Não agradava aos ricos terem seus parentes enterrados juntos com pobres e escravos. As epidemias de febre amarela, cólera e variola ajudaram a convencer a elite a usar o novo campo santo. Para diferenciar, as famílias mais ricas ocuparam os espaços mais próximos da capela mortuária. Preta Domingas é a única escrava a ter um túmulo pelo do templo. Para mostrar prestígio, as elites construíram verdadeiras obras de artes em jazigos