Museus virtuais
MUSEUS VIRTUAIS E CIBERMUSEUS: A INTERNET E OS MUSEUS1
Rosali Henriques, mestre em Museologia na Universidade Lusófona de
Humanidades e Tecnologia de Portugal. 2004.
Os museus e a internet
A Internet é algo ainda muito novo, pois a proliferação de seu uso começou efectivamente na década de 90 do século XX. Em termos históricos é um tempo muito curto. No entanto, já é possível verificar algumas transformações ocorridas em várias áreas do conhecimento em decorrência do advento da Internet. Hoje, é quase impossível pensar num mundo sem a sua presença, mesmo que boa parte de seus usuários viveram sua infância, adolescência e juventude sem usá-la.
A
Internet
está
revolucionando
a
forma
como
as
pessoas
se
comunicam. E isso não se passa de forma diferente na sua relação com a museologia. Os museus, como qualquer instituição, estão presentes na rede mundial de computadores. A criação de sites de museus proliferou a partir da década de 90, com o avanço da Internet, mas muitos museus ainda nem possuem sites institucionais. E muito deles possuem sites cujo único objetivo é apenas disponibilizar informações de contato da instituição.
Assim como uso da Internet pelos museus ainda é algo recente, as discussões sobre este uso também o são. Em 1991, realizou-se em
Pittsburgh, na Pensilvânia a primeira conferência sobre o uso da hipermídia e da interatividade nos museus. Mais conhecida pela sigla ICHIM International Conference on Hypermedia and Interactivity in Museums esta conferência tem se realizado bianualmente nos Estados Unidos e em alguns países da Europa para discutir as questões sobre o uso das novas tecnologias nos museus2. O objetivo dessas conferências é promover o potencial da multimédia interativa nos programas dos museus. Nesse sentido também, em 1993, o MDA - Museum Documentation Association 1
- Este artigo é parte da dissertação de mestrado em Museologia cujo título é “Memória, museologia
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