Museu
O MUSEU NACIONAL DO AZULEJO está instalado no antigo CONVENTO
DA MADRE DE DEUS, fundado em 1509 pela Rainha D. Leonor de Lencastre
(1458-1525), viúva de D. João II e irmã de D. Manuel I.
O Convento destinava-se a acolher religiosas da Ordem de Santa Clara.
Apesar dos rigorosos preceitos de humildade, penitência e sobretudo pobreza que regiam a Ordem das Clarissas, o Convento foi ampliado e engrandecido, com importantes obras de arte e decoração, em especial durante os reinados de D. João
III, D. João V e D. José I.
A proteção régia de que foi alvo, contribuiu para a notável qualidade arquitetônica e decorativa dos seus espaços – Igreja, Sacristia, Coros alto e baixo e Capela de
Santo António - através do preenchimento integral com quadros de grandes pintores; Cristovão Lopes, do século XVI; Bento Coelho da Silveira, do século XVII; e André Gonçalves, do século XVIII, talha dourada, azulejos de Mestres portugueses e holandeses, soalhos e móveis de madeiras exóticas e mármores.
Em 1867, o Convento tornou-se propriedade do Estado e em 1872 encerrou definitivamente. Mais tarde, em 1958, por ocasião do 5º centenário do nascimento da Rainha D. Leonor, a Fundação Calouste Gulbenkian organizou uma exposição sobre a sua vida. Nesta altura, o edifício recebeu grandes melhoramentos, tendo sido para aqui transferidas as coleções de azulejo do Museu Nacional de Arte
Antiga.
Tratando-se de um edifício amplo e ricamente decorado, surgiu então a ideia de criar um Museu, dedicado ao Azulejo.
Assim, em 1965, nasceu o Museu do Azulejo, embora ainda na dependência do
Museu Nacional de Arte Antiga. Em 1980, passou a MUSEU NACIONAL DO
AZULEJO.