museu abilio barreto
O casarão secular, sede da antiga Fazenda do Leitão (1883), abriga a exposição que aborda a história e os aspectos cotidianos da capital, tendo início nas ruas e casas do antigo Arraial do Curral del Rei e estendendo-se até o aglomerado sobreposto da metrópole contemporânea. Destaca ainda dois importantes momentos: a década de 50 e os anos 90, no qual é apontado o surgimento de paradigmas que intensificam os processos de crescimento da cidade, das moradias juntamente ao crescimento da tecnologia, que transformou a vida na metrópole. Mostra formas de cidade e de casas, descrevendo e expondo o modo como homens e mulheres viviam no meio público e no meio doméstico, com objetos como sapatos antigos, torneiras, ferros de passar roupas, rádios e telefones.
Nos jardins do Museu, estão expostos três veículos que estabelecem relação direta entre o desenvolvimento do sistema de transporte e o processo de evolução urbana da capital mineira até meados do século XX: carro de boi, locomotiva a vapor e bonde elétrico, equipamentos que transitaram, em épocas distintas, pelas ruas do Arraial do Curral del Rei e de Belo Horizonte. Meio de transporte por tração animal, o carro de boi pertencia à antiga Fazenda do Leitão. A locomotiva a vapor Mariquinha, utilizada nos trabalhos de construção da nova capital de Minas, passou a operar em 1896, tendo sido incorporada ao acervo do Museu em 1942. O bonde elétrico foi um dos últimos a circular pela capital nos anos de 1960, presumindo-se que seja o único remanescente da antiga frota da cidade.